Converse com o que dói em você

Eu precisei sumir de novo. Que novidade, não é?! Aqui tá tudo bem, mas outra vez eu precisei ficar na minha.  Olhar a vida pela janela e esperar a tempestade passar.  Não era lá fora que a ventania assustava, era aqui dentro.

Aprendi muito cedo que quando um não quer, dois não brigam, e muitas vezes essa premissa se faz verdade. Quando um lado se opõe, dificilmente o confronte se concretiza. O que não faz dessa premissa uma completa verdade é que existe um adendo. Pra que o confronto não se torne uma realidade, não basta só que um dos lados vire as costas, é necessário se posicionar, deixar sua posição (mesmo que negativa) bem exposta, de forma que o outro lado entenda que não haverá com quem lutar.

a verdade é que para não haver confronto é preciso coragem para impor o desinteresse em lutar. Até pra não enfrentar é preciso confrontar! É preciso expor os ‘nãos’, é preciso não ter medo de mostra que o debate não lhe interessa, que o que vier não lhe faz bem, que combate pode trazer prejuízos, julgamentos, tristezas, dor…

Nem sempre acordamos dispostos a colocar a capa de chuva e encarar a tempestade, porque os relâmpagos e os trovões da vida não são forças da natureza, são pessoas com sentimentos, amores e dores. E nessa imensidão de pessoas, existe nós, tão sozinhos quanto um guarda chuva perdido vento a fora. E com a gente segue uma imensidão de vontades, de dúvidas, de medos, de amores… é difícil deixar de ser o guarda chuva perdido quando a bussola que aponta nosso norte está gritando dentro de nós e fazemos questão, de dia após dia, silencia-la.

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